AROM determina auditoria externa que incluirá gestões de ex-presidentes em Rondônia

Resolução suspende assembleia e eleições até análise completa das contas de 2019 a 2024, incluindo períodos de Lebrinha e Célio Lang.

Cacoal, RO – A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) anunciou nesta quinta-feira (25) a contratação de uma auditoria externa para examinar todas as contas da entidade entre 2019 e 2024, incluindo as gestões de ex-presidentes, como Lebrinha e Célio Lang.

A decisão, formalizada pela Resolução nº 003/2025, surge após pressão de prefeitos que questionaram a transparência dos processos financeiros e contratos da associação.

Contexto do Conflito.

A crise começou em março, quando o prefeito de Vale do Paraíso, *Charles Luis Pinheiro Gomes, e outros nove gestores enviaram um Ofício nº 001/2025 exigindo detalhes sobre contratos e prestações de contas da AROM. A entidade publicou balancetes em seu site, mas a Assembleia Geral Ordinária de 1º de abril foi suspensa após críticas sobre a "falta de clareza" nos dados.

Em 24 de abril, durante a retomada da assembleia, o presidente da AROM admitiu a necessidade de uma auditoria independente após o prefeito Charles Gomes classificar as explicações como "insuficientes". A medida incluirá revisão de todas as movimentações financeiras, inclusive de gestões passadas, como as dos ex-presidentes Lebrinha e *Célio Lang*, que comandaram a entidade em períodos anteriores.

Pontos-Chave da Resolução

Auditoria Ampliada: A análise abrangerá os últimos cinco anos (2019-2024), investigando contratos, gastos e receitas, inclusive de gestões anteriores. O relatório final deverá apontar responsabilidades, se houver irregularidades.
Suspensão de Processos: A assembleia geral e as eleições para nova diretoria (triênio 2025-2028) foram paralisadas até a conclusão da auditoria.
Foco em Ex-presidentes: A auditoria examinará especificamente as contas das gestões de Lebrinha e Célio Lang, além da atual diretoria, para garantir transparência histórica.
Coordenação do Vice-presidente: Marcélio R. Uchôa, vice da AROM e prefeito de outro município, supervisionará a contratação da empresa auditora.
Por Que Isso Importa?

A AROM representa os interesses dos 52 municípios de Rondônia, gerindo recursos e projetos em nome das prefeituras. A suspeita de falhas em prestações de contas gerou desconfiança entre prefeitos, especialmente após a gestão do ex-presidente Célio Lang (2017-2020) e de Lebrinha (2021-2023), agora incluídos no escopo da auditoria.

Charles Gomes, líder do grupo crítico, afirmou: "Não se trata de perseguição, mas de garantir que todos os períodos sejam checados, inclusive gestões passadas. A população exige transparência".

Próximos Passos

A auditoria seguirá a Lei 14.341/2022 e terá acompanhamento do Conselho Fiscal da AROM. Todos os documentos estarão disponíveis na seção Transparência do site da entidade. A previsão é que o processo leve até seis meses, adiando decisões estratégicas para os municípios.

Impacto Imediato:

Eleições da AROM congeladas até 2026.
Pressão política sobre ex-presidentes e atual diretoria.
Sinalização de rigor fiscal para entidades públicas em Rondônia.

Fonte: O Observador