Porto Velho teve o 2º dia mais quente da história no fim de semana

Porto Velho teve o 2º dia mais quente da história no fim de semana


Pôr do sol no Rio Madeira em Porto Velho — Foto: Saul Ribeiro/Prefeitura de Porto Velho.
Única vez que a cidade registrou uma temperatura mais alta foi em 17 de setembro de 2019, quando a ocorrência chegou a 40,7°C. Especialistas afirmam que o cenário de aquecimento em Porto Velho é agravado pela poluição gerada pelas queimadas.

Cacoal, RO - Porto Velho registrou no sábado (21) uma temperatura histórica de 40,5°C: o segundo dia mais quente já registrado na cidade desde o início das observações, em 1961, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

A única vez que a cidade registrou uma temperatura mais alta foi em 17 de setembro de 2019, quando a chegada chegou a 40,7°C. Os dados são catalogados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e analisados ​​pelo Censipam.

Especialistas afirmam que o cenário de aquecimento em Porto Velho é agravado pela poluição gerada pelas queimadas. O cenário pode, inclusive, mudar o crime para dois extremos: períodos prolongados de seca e outros de chuva intensa.

"O aumento das substâncias causadas diretamente pelo regime de chuvas, pois o desmatamento reduz a capacidade do solo de reter a umidade, deixando-o mais seco. Isso tende a diminuir o volume total de ocorrência anual, ao mesmo tempo que as substâncias químicas se intensificam a formação de nuvens convectivas, resultando em chuvas fortes e intensas, experimentadas em curtos períodos", explica o meteorologista do Censipam, Laurizio Alves.


Incêndio no Parque Guajará-Mirim — Foto: PrevFogo

A intensificação das temperaturas foi registrada pelo aumento alarmante de focos de incêndio em Rondônia. Não coincidentemente, nos anos de 2019 e 20224, quando foram registradas as duas temperaturas maiores em 60 anos, também foram registrados registros de queimadas.

Ao todo, Rondônia contabilizou 8.137 focos de incêndio em 2024 até dia 15 de setembro. A última vez que o estado teve uma quantidade mais expressiva de queimadas foi em 2019, quando 9.171 focos foram identificados no mesmo período.

Em média, a temperatura de Porto Velho na temporada de seca fica entre 33°C e 34°C. No entanto, de acordo com o Censipam, os últimos anos têm-se observado um aumento na frequência de temperaturas mais elevadas.

“Se as condições climáticas atuais persistirem, é provável que episódios de calor, ultrapassando os 34 graus Celsius, se tornem cada vez mais frequentes”, explica o meteorologista.

O cenário crítico está atrelado à previsão de que o regime de chuvas mude, com uma possível redução no volume anual de assuntos e períodos de seca mais prolongados e intensos.

Nesta segunda-feira (23), o rio Madeira chegou ao menor nível já registrado desde que começou a ser observado, em quase 60 anos: 25 centímetros. A escassez de chuvas na bacia do rio é um dos principais motivos para a redução dos níveis.

Em Porto Velho, capital de Rondônia, não choveu significativamente há cerca de quatro meses. A falta de chuva, as queimadas, o calor e a fumaça fizeram parte do cotidiano dos portovelhenses.


Seca no Rio Madeira é a maior já registrada. — Foto: TV Globo/Reprodução


Fonte: G1-Rondônia