Marta conquistou a 3ª prata em Paris e é maior medalhista do futebol brasileiro (Foto: Harriet Lander/ FIFA/FIFA).
Cacoal, RO - Afastadas do pódio olímpico por 16 anos, as craques do futebol feminino do Brasil conquistaram a medalha de prata, na tarde deste sábado (10), após uma derrota por 1 a 0 para os Estados Unidos. A frustração de voltar a perder para as norte-americanas sua terceira disputa pelo ouro nas Olimpíadas não tira das brasileiras o brilho da despedida da Rainha Marta, que elevou o nível do futebol feminino com sua 1ª prata conquistada há 20 anos, em Atenas.
A prata em Paris demonstra o fortalecimento da seleção feminina, sempre almejada pela alagoana Marta, que se consolida como a maior jogadora da história do futebol, atingindo mais uma marca histórica: ser a primeira não norte-americana a disputar três finais olímpicas. A seis vezes o melhor do mundo, também é recordista de medalhas olímpicas do futebol brasileiro, superando feitos anteriores de jogadoras e jogadores.
O ouro foi perdido pelo Brasil para seu algoz histórico, que já havia derrotado as brasileiras em 2004, em Atenas, e em 2008, em Pequim. Mas o legado de Marta foi demonstrado com um tempo renovado, que superou as gigantes do futebol mundial. Foi um 4 a 2 contra o atual campeão mundial, a Espanha, na terça (6). Após eliminar a anfitriã França, outra gigante do futebol feminino, por 1 a 0, quebrando o tabu de nunca ter vencido donas da casa.
A prata na França evidenciou a qualidade do técnico Arthur Elias. O paulista de 43 anos imprimiu ousadia em um esquema rotativo, que valoriza todos os atletas convocados, sem ter repetido nenhuma escalada nas seis partidas em Paris. Eleu sucede a sueca Pia Mariane Sundhage, contratada em 2019 e dispensada após uma péssima Copa do Mundo, em setembro de 2023.
Penta para americanas
O 5º ouro olímpico para os EUA foi garantido no 2º tempo da partida, após a entrada de Ana Vitória por causa da contusão de Vitória Yaya. A americana Mallory Swanson aproveitou o lançamento, entrou na área pela esquerda e chutou forte para fazer o único gol da final, no dia que disputou sua centésima partida com a camisa dos Estados Unidos.
Ludmila chegou a balançar as redes aos 15 minutos do 1º tempo, em uma bela jogada pela esquerda em cima de Naome Girma, uma das melhores do mundo na posição. O gol em chute sem chance para a goleira foi anulado, por impedimento na origem da jogada.
O Brasil pressionou até os últimos minutos. Aos 48 do 2º tempo, Adriana quase empatou de cabeça, no ataque defendido pela goleira Naeher. Houve dez minutos de acréscimo, não aproveitados pelas brasileiras.
Fonte: Por Davi Soares