Eleições em Porto Velho já têm ‘‘guerra de narrativas’’; cancelamento de debate; pressão em Mariana; e Confúcio pode ‘‘queimar’’ Euma

Eleições em Porto Velho já têm ‘‘guerra de narrativas’’; cancelamento de debate; pressão em Mariana; e Confúcio pode ‘‘queimar’’ Euma


A semana foi conturbada entre os potenciais postulantes ao Palácio do Relógio: a corrida eletiva começou!

Porto Velho, RO – O assunto da semana, como não poderia deixar de ser, foi o cancelamento do tradicional debate da Band, representada em Rondônia pelo grupo Rondovisão, capitaneado pela empresária Luciana Furtado. O Rondônia Dinâmica abordou o tema na última sexta-feira, 26, em reportagem intitulada “‘Desafio Mariana Carvalho a se comprometer em comparecer aos debates’, diz pré-candidato após cancelamento da Band”.

Resumidamente, apesar de haver um descontentamento genérico que reúne eventuais adversários do grupo da situação, como Léo Moraes, do Podemos, e Ricardo Frota, do Novo, só quem chamou Mariana Carvalho, do União Brasil, “para dançar” foi Samuel Costa, da Rede Sustentabilidade. Ele não deixa de ter razão em seus argumentos. A ex-tucana defende com convicção a gestão realizada pelo segundo mandato consecutivo de Hildon Chaves, do PSDB. Além disso, ela é a própria porta-estandarte dessa administração, sendo a maior responsável por explicar questões estruturais relacionadas à capital rondoniense.

Costa quer saber, por exemplo, por que a cidade das Três Caixas d’Água foi considerada a pior capital do Brasil; ou, ainda, por que a Avenida Rio de Janeiro se transforma numa espécie de Tietê quando chove. Embora não tenha qualquer envolvimento no poder de decisão das emissoras em promover ou não os seus debates, deveria partir dela o interesse em se comprometer publicamente em ir aos embates retóricos marcados. Todos eles. E mais: insistir para que ocorram.

Outro ponto que tem rodeado o pessoal da situação é o descontentamento revelado pelos burburinhos palacianos a respeito da aliança deflagrada por Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, a Mariana. Com a insistência da galera do Prédio do Relógio em privilegiar o PL, do rival Marcos Rogério, senador da República derrotado na corrida eleitoral de 2022, inserindo um possível nome da legenda como vice, Rocha “torceu o nariz”. Espalhou-se pelos corredores do Poder Executivo estadual até mesmo uma eventual manobra de rompimento com adesão abrupta à campanha de Léo Moraes.

Embora soe absurdo, até por questões partidárias, a política detém a capacidade de surpreender até mesmo seus veteranos mais sapientes. Por fim, mas não menos importante, a “guerra de narrativas”. Os pré-candidatos estão eufóricos distribuindo a torto e a direito acusações sobre “plantio” de notícias falsas e informações desencontradas via imprensa.

Benedito Alves, do Solidariedade, para se ter uma dimensão a respeito, usou suas redes sociais para desacreditar o autor de um texto que publicou sobre sua eventual desistência do pleito. “Olha o que já tá aparecendo, gente. Estão espalhando uma fake news absurda sobre minha desistência da pré-candidatura a prefeito de Porto Velho. É uma tentativa de confundir vocês!”, disse o ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE/RO). Ele complementou: “Eu continuo firme, com o mesmo sonho de cuidar de gente. Nossa missão é transformar Porto Velho de ponta a ponta e fazer nossa capital avançar como nunca antes”, acrescentou.

Enquanto o Rondônia Dinâmica produz esse editorial, diversas convenções partidárias estão passando por processos de montagem; logo, haverá definição clara a respeito de inúmeras candidaturas e as 52 cidades do estado começarão a respirar eleições de verdade. Paralelamente, Confúcio Moura, do MDB, único membro da bancada federal aliado do presidente Lula, do PT, publicou mais um texto em seu blog, desta vez atacando Donald Trump, chamando o ex-presidente dos Estados Unidos de extremista.

Embora soe uma opinião inofensiva, própria dele, com CPF e RG, Moura pode acabar contaminando Euma Tourinho, pré-candidata da legenda emedebista. Por ora, em questões ideológicas, ela se mantém em “cima do muro”, embora já tenha sinalizado à ala liberal ao pedir a Luciano Hang, dono da Havan, que coloque a estátua de sua empresa de volta no lugar da que fora queimada. Quando a contenda eletiva chegar num momento de embates ideológicos, Euma pode se complicar se for questionada sobre os posicionamentos de Moura.

Por ora, os desenlaces do pleito vindouro trazem imbróglios complicados até mesmo para quem achou que dormia em berço esplêndido; esses desdobramentos vão tornando o horizonte cada vez mais nebuloso, incerto e questionável.


Fonte: Por Rondoniadinamica