Preocupação com a economia diminuiu entre os brasileiros, enquanto que corrupção e violência chamam mais a atenção.| Foto: André Borges/EFE.
Cacoal, RO - A nova rodada da pesquisa Qaest de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgada na manhã desta quarta (10), apontou que a preocupação com problemas como corrupção, violência, questões sociais e juros segue em alta entre os brasileiros.
Embora a aprovação ao presidente tenha aumentado e descolado da desaprovação, que está em queda, estes problemas ainda permeiam a atenção da população e pressionam o governo por mais soluções.
Se antes as questões econômicas eram as maiores preocupações dos brasileiros, como inflação e renda, agora é a violência e a corrupção que ocupam o topo da atenção na avaliação do governo Lula 3, segundo o pesquisador Felipe Nunes, diretor da Quaest.
“O que reforça essa tese é o fato de que a economia está perdendo protagonismo como o principal problema do país. De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo”, explicou na análise da pesquisa.
A pesquisa aponta que a queda da preocupação com a economia foi acompanhada pelo crescimento das outras questões. As sociais tiveram um salto de 4 pontos percentuais. Veja abaixo:
No caso dos juros, que se tornou o principal tema econômico de Lula no embate com o Banco Central, 87% dos entrevistados afirmam que estão muito altos no Brasil, enquanto que 10% discordam.
Especificamente sobre os juros, 66% dos brasileiros concordam com as críticas de Lula, enquanto que 23% não concordam.
Lula passou a focar a questão nas entrevistas e discursos que vêm realizando, focalizando a culpa no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso acabou levando a uma escalada do dólar nas últimas semanas por desconfianças do mercado financeiro com a responsabilidade fiscal.
“Embora a população tampouco 'compre' totalmente a argumentação de que Campos Neto não usaria critérios técnicos na condução do Banco Central, ,etade defende que ele é técnico nas decisões, a outra metade ou acredita que não, ou não sabe dizer”, apontou Nunes na análise.
A moeda só recuou após Lula e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) garantirem que o governo segue engajado em manter a meta de zerar o rombo nas contas públicas através de um ajuste fiscal que inclui, entre outros pontos, a revisão e corte de gastos públicos.
Este ponto, inclusive, foi questionado pela Quaest na pesquisa e teve a concordância de 83% dos entrevistados para fazer um pente fino para tirar irregularidades do CadÚnico.
Apesar da alta do dólar em meio às falas de Lula, 53% dos entrevistados não acreditam que as declarações do presidente tenham levado a isso. 34% acreditam que sim e 13% não souberam responder.
“Chama atenção que a população não atribui às falas do Lula ao aumento observado do dólar nas últimas semanas”, aponta Nunes.
Os entrevistados também concordaram que o salário deve ter um aumento real acima da inflação anualmente (90%), que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ter isenção de imposto (84%), e que o governo não deve dar satisfação ao mercado, mas aos mais pobres (67% concordam, 29% discordam).
A Quaest ouviu 2 mil pessoas entre 5 e 8 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.
Fonte: Por Guilherme Grandi
Embora a aprovação ao presidente tenha aumentado e descolado da desaprovação, que está em queda, estes problemas ainda permeiam a atenção da população e pressionam o governo por mais soluções.
Se antes as questões econômicas eram as maiores preocupações dos brasileiros, como inflação e renda, agora é a violência e a corrupção que ocupam o topo da atenção na avaliação do governo Lula 3, segundo o pesquisador Felipe Nunes, diretor da Quaest.
“O que reforça essa tese é o fato de que a economia está perdendo protagonismo como o principal problema do país. De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo”, explicou na análise da pesquisa.
A pesquisa aponta que a queda da preocupação com a economia foi acompanhada pelo crescimento das outras questões. As sociais tiveram um salto de 4 pontos percentuais. Veja abaixo:
No caso dos juros, que se tornou o principal tema econômico de Lula no embate com o Banco Central, 87% dos entrevistados afirmam que estão muito altos no Brasil, enquanto que 10% discordam.
Especificamente sobre os juros, 66% dos brasileiros concordam com as críticas de Lula, enquanto que 23% não concordam.
Lula passou a focar a questão nas entrevistas e discursos que vêm realizando, focalizando a culpa no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso acabou levando a uma escalada do dólar nas últimas semanas por desconfianças do mercado financeiro com a responsabilidade fiscal.
“Embora a população tampouco 'compre' totalmente a argumentação de que Campos Neto não usaria critérios técnicos na condução do Banco Central, ,etade defende que ele é técnico nas decisões, a outra metade ou acredita que não, ou não sabe dizer”, apontou Nunes na análise.
A moeda só recuou após Lula e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) garantirem que o governo segue engajado em manter a meta de zerar o rombo nas contas públicas através de um ajuste fiscal que inclui, entre outros pontos, a revisão e corte de gastos públicos.
Este ponto, inclusive, foi questionado pela Quaest na pesquisa e teve a concordância de 83% dos entrevistados para fazer um pente fino para tirar irregularidades do CadÚnico.
Apesar da alta do dólar em meio às falas de Lula, 53% dos entrevistados não acreditam que as declarações do presidente tenham levado a isso. 34% acreditam que sim e 13% não souberam responder.
“Chama atenção que a população não atribui às falas do Lula ao aumento observado do dólar nas últimas semanas”, aponta Nunes.
Os entrevistados também concordaram que o salário deve ter um aumento real acima da inflação anualmente (90%), que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ter isenção de imposto (84%), e que o governo não deve dar satisfação ao mercado, mas aos mais pobres (67% concordam, 29% discordam).
A Quaest ouviu 2 mil pessoas entre 5 e 8 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.
Fonte: Por Guilherme Grandi